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terça-feira, 25 de outubro de 2011

BOMBA! Valença perde mais 114 mil por incompetência administrativa


Existem os que governam com amor, razão, equilíbrio, dedicação, planejamento, coragem, desprendimento, disposição e real interesse pelo desenvolvimento de sua comunidade. Também existem os que governam com desdém. Esse deve ser o mau maior da atual gestão municipal de Valença, que recebeu de presente da gestão anterior uma verba de 114 mil reais para implantar uma fábrica de polpas de frutas e, pelo andar da carruagem, perderá o prazo para a utilização da verba.

Esta usina de beneficiamento e processamento de frutas teve sua instalação anteriormente projetada para o distrito da Várzea, mas... já sabe como é, né? Houve uma reviravolta, na calada da noite, no Palácio dos Mármores e, de supetão, decidiram construir a fábrica nas cercanias de Maricoabo\Jaqueira. Deu no que deu. Algo de grave aconteceu. Deu tudo errado. A obra está parada há mais de "um século...".

A verba é do Governo federal – R$ 114 mil da União + R$ 6 mil do município – De um programa superbonito, o Pronat - Programa Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Territórios Rurais, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), como parte do Pronaf. Os projetos do Pronat são elaborados de forma colegiada entre agricultores familiares, gestores públicos, entidades da sociedade civil e demais atores territoriais. Englobam programas do Governo Federal que visam criar oportunidades para que as populações rurais alcancem plena cidadania. Isso é realizado por meio da promoção do desenvolvimento sustentável do segmento rural, de modo a propiciar aumento da capacidade produtiva, geração de empregos e melhoria de renda. Só que em Valença da Bahia todo esse tipo de esforço coletivo é, pelo visto, normalmente jogado na “cachoeira” do lixão do Orobó.

Mas tudo tem uma explicação. O programa que enviou a verba para a construção da fábrica de polpas de frutas de Valença, tem gestão de seleção das operações realizadas pelo MDA, é operado com recursos do Orçamento Geral da União (OGU), mas todo o seu dinheiro é controlado pela Caixa Econômica Federal (CEF), que finaliza as análises e as contratações das operações. Como o município de Valença é um eterno inadimplente (em nível Federal) na gestão do prefeito Ramiro Queiroz – conforme matéria publicada pelo dendenews.com (Inadimplência do Município de Valença com o Tesouro Nacional impede a assinatura de convênios) na sexta-feira 21 – a comunidade agrícola e a cidade como um todo, certamente, perderá mais uma chance de plantar mais, produzir mais e viver mais, com mais qualidade, perdendo a oportunidade de gerar inúmeros empregos e uma renda melhor para todos os envolvidos.

É uma pena... Verdade. Uma mistura de tristeza, revolta e esperança mais uma vez acaba de surgir...

Pelo relatório que o dendenews.com acessou, a obra parada da “fábrica de polpas de frutas de Ramiro” teve um contrato assinado em dezembro de 2007 (prefeito Cláudio Queiroz), com vigência até 30 de novembro deste ano. A última medição feita pela Caixa Econômica foi em julho do ano passado. A obra (pasmem!) estava com apenas 5,46% concluída. E lá está assim até hoje... A CEF informa que o dinheiro está liberado na conta vinculada do Contrato número 238694-12, entretanto, bloqueado, no caso, por causa de pendências jurídicas e técnicas na obra e nos serviços.

É muita incompetência, má gestão, insolência e desdém para um só prefeito.

Assim também caminha a obra da Unidade de Pronto Atendimento da Bolívia, do Ministério da Saúde...

Ninguém merece!

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