Sistema ferry-boat opera sem fila mesmo com grande fluxo de usuários

O sistema ferry boat, que faz a travessia Salvador – Itaparica, opera sem fila e com sete embarcações desde a última terça-feira (27). O tempo médio de espera é de 15 minutos. Até este sábado (31), haverá funcionamento em horários especiais durante a madrugada nos terminais de São Joaquim e Bom Despacho para dar mais conforto aos usuários.

Alberto Luís Rebouças foi de carro, com a família, cinco pessoas, para o distrito de Tairu. Ele conta que estava pronto para pegar a BR quando soube que o ferry estava funcionando sem fila. “Passei para dar uma olhada, gostei. Eu ia demorar cerca de três horas ou mais, pois já me disseram que a estrada está engarrafada. Por aqui, vou gastar menos de uma hora. Já aconteceu de chegar aqui às seis da manhã e entrar no barco às quatro da tarde. Hoje não tem isso e o risco de acidente nas estradas é maior”.

A estudante Paola Andrade, 19 anos, mora em Salvador, mas, tem família em Itaparica. “Para mim foi uma surpresa, achei que estaria lotado. Está uma beleza, vou aproveitar mais tempo na praia e não vou passar horas esperando para embarcar. Acabei de chegar e já vou viajar”.

A paulista Neide Souza Santos fez a viagem no sentido inverso. Estava em Itaparica e veio para Salvador com a família, seis pessoas ao todo. “Há quatro anos que venho visitar minha mãe. Esta é a primeira vez que chego e viajo tão rapidamente. Foi fácil e barato. Está maravilhoso”.

Fluxo intenso

O diretor de operações da TWB, Jayme Rangel, disse que o fluxo intenso não foi capaz de sobrecarregar o sistema. A concessionária que opera o ferry-boat colocou em operação o esquema bate-volta e as saídas estão sendo realizadas entre 15 e 20 minutos. As condições de navegação estão favoráveis.

“Estamos em um momento de pico, mas nossa espera está dando dez minutos. O usuário pedestre chega e entra. Estamos trabalhando 24 horas, quem quiser viajar de madrugada, é possível”, garantiu. Segundo Rangel, são esperados 250 mil pedestres e 30 mil veículos neste período de Natal e Ano Novo. Ao final da Operação Verão a expectativa é que 380 mil pedestres e 80 mil veículos tenham realizado a travessia.

“Os barcos convencionais são pesados, antigos, com mais de 40 anos de uso, mas foram recuperados e alguns receberam novos motores. O Ivete Sangalo e o Ana Nery são bem mais leves e têm uma capacidade de carga maior. O fast-ferry tem o triplo de produtividade pela sua velocidade e capacidade de carga e descarga. Entram e saem quatro carros de cada vez, enquanto nos convencionais, apenas um carro passa”.

Rangel também informa que foram investidos R$ 116 milhões nos últimos cinco anos para a aquisição dos novos barcos e a recuperação dos antigos, todos de propriedade do Estado.