Tendo começado a trabalhar aos nove anos vendendo caixas de fósforos, na Feira de Água de Meninos, em Salvador, Luiz Mendonça Filho traçou uma história de vida de ascensão e vitórias bonita de se contar. Fundador e presidente do Grupo LM, Mendonça é natural da cidade de Cairu e declaradamente apaixonado por esta região da Bahia. Quando descobriu o trabalho de Rui Rezende, acreditou que esta seria uma justa homenagem à terra onde nasceu. “Para mim é um prazer imenso participar de um livro com imagens belíssimas que são tão familiares”, comemora Luiz.
Fotógrafo desde 1999, desde o começo os trabalhos de Rui Rezende são direcionados para fotos de natureza. Autodidata por opção Rui dedica-se exclusivamente à fotografia desde então. O apuro de seu trabalho o faz registrar as imagens em filmes coloridos, sem passar por processos de correção digital para chegar ao resultado final. Com inúmeras exposições, desde 2003, ele aprofunda-se na pesquisa da fauna, flora e dos vários aspectos da natureza dos lugares por onde passa. Ele lançará também amanhã 15\12, um livro sobre o arquipélago de Tinharé, patrocinado pelo Fazcultura e pelo Grupo LM.
Sobre Cairu
Esse município insular é o próprio arquipélago de Tinharé, composto por 36 ilhas, sendo as principais Cairu, Boipeba e Tinharé. Ao todo, existem três vilas (Galeão, Gamboa e Velha Gamboa), seis povoados (Morro de São Paulo, Canavieiras, São Sebastião, Torrinhas, Tapuias e Garapuá) e uma cidade – Cairu. “Casa do Sol” na linguagem indígena.
Cairu surgiu no século XVI, durante o povoamento da Capitania de Ilhéus. Era uma das mais importantes vilas da Colônia. No século XVIII, era considerada a melhor e mais segura moradia da região, onde fixaram residência ouvidores e corregedores da Câmara de Ilhéus. A sede está localizada na Ilha de Cairu e é dividida em cidade alta, onde a cidade nasceu, e baixa. Orlada por manguezais, a cidade de Cairu não possui boas praias para banho. O coco e a piaçava são os elementos básicos do artesanato que, juntamente com a religiosidade, a pesca e a construção naval, é um reflexo do passado vivenciado nessas ilhas.
Cairu reserva construções históricas como a Igreja e o Convento de Santo Antônio, datado de 1654; a Igreja de Nossa Senhora da Luz, com imagens sacras e seus altares de cedro em estilo barroco dos séculos XVII e XVIII; e as três bicas da Fonte Grande, tombada pelo Patrimônio Histórico em 1943.
Há cerca de 30 anos a ilha foi ligada ao continente por uma ponte. O folclore local mantém viva a lembrança da ascendência indígena, da escravidão, da presença militar, das lutas em defesa da nação, da saudade de Portugal, Espanha, Holanda e Angola.
Quarto produtor baiano de coco-da-baía e dendê, destacam-se ainda as culturas de cravo-da-índia, pimenta-do-reino e guaraná.
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