Os produtos da agricultura familiar de comunidades rurais de Valença estão ainda mais próximos da mesa dos valencianos. De iniciativa do governo do município, através das secretarias de Indústria e Comércio e da Agricultura, alimentos como a banana da terra, a farinha de mandioca, beijus, biscoitos, entre muitos outros oriundos do trabalho de homens e mulheres do campo terão, a partir de 2015, uma marca de identificação e, através desse instrumento, a sua comercialização facilitada em redes de supermercados da cidade. A iniciativa cria um novo conceito e abre perspectivas para uma próspera relação comercial entre o pequeno agricultor e empresários locais. Pelo menos três supermercados já aderiram ao projeto e se comprometeram comercializar em seus estabelecimentos frutas, verduras, beijus, entre outros. Para isso, os produtos precisam atender as exigências comerciais e da Vigilância Sanitária, ser embalados adequadamente, a partir do que poderão ser expostos em áreas de destaque das lojas. Para Ademir Costa, secretário municipal da Indústria e Comércio, essa iniciativa vai valorizar ainda mais a nossa agricultura e agregar valor aos produtos. “Toda a comercialização será feita através das associações cadastradas”, ressaltou. De acordo com os empresários, somente com a comercialização de hortifrútis, o comércio de Valença movimenta mais de R$ 5 milhões por ano. “Todos esses produtos vêm de outros municípios”, completou Ademir. A criação da marca vai permitir uma movimentação comercial ainda mais intensa, com mais opções para o consumidor.
Hoje, agricultores familiares de Valença já comercializam seus produtos através PAA e PNAE, programas do governo federal, desenvolvidos com a parceria do Município.
Garantindo emprego para mais de 12 milhões de brasileiros, que representam 74% da mão de obra empregada no campo, a agricultura familiar mobiliza as economias locais. Além disso, o setor responde por 33% do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária brasileira e 10% do PIB nacional. E tem, inclusive, participação na balança de exportações.
Com políticas públicas para a agricultura familiar, o Brasil é exemplo para outros países. Programas que garantem a produção, comercialização, e acesso a tecnologias, melhoram a capacidade de investimento destes produtores, resultando em crescimento econômico para o País.
Pela lei brasileira (11.326/2006), o agricultor familiar é aquele que produz em área de até quatro módulos fiscais – que varia entre cinco e 110 hectares, dependendo da localidade –, utilizando predominantemente mão de obra da própria família e cuja principal fonte de renda seja originada de atividades econômicas vinculadas ao próprio estabelecimento. A legislação também abrange silvicultores, aquicultores, quilombolas, extrativistas e pescadores.
(Por Magno Jouber - Ascom/governo de Valença)
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