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segunda-feira, 15 de abril de 2013

Flica une festa e literatura em Cachoeira


Em dias de imediatismo de informações, unir festa e literatura ainda é possível na cidade de Cachoeira, no Recôncavo baiano. Na tarde de ontem, a Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) foi lançada no auditório I da Rede Bahia, Federação.

A terceira edição do evento ocorrerá entre os dias 23 e 27 de outubro e contará com autores e artistas locais e internacionais. Assim como nos anos anteriores, a festa será totalmente gratuita com shows musicais e praça de alimentação. Como novidade, a Flica traz uma programação totalmente voltada para o público infantil.

A edição deste ano vai ocorrer no auditório Claustro do Conjunto do Carmo, na Praça da Aclamação. A capacidade do local é de 300 pessoas, que podem conhecer os trabalhos de escritores renomados como o jornalista Laurentino Gomes. O vice-presidente do Conselho de Cultura da Bahia, Aurélio Schommer e o escritor Emmanuel Mirdad, da Mirdad Gestão e Cultura, são os curadores do evento este ano.

De acordo com Schommer, o Brasil é um país que conta apenas com três eventos literários, que ocorrem em Parati, Olinda e Cachoeira/Bahia. Para ele, a escolha da cidade do interior baiano como cenário da Flica representa integração e liberdade. “O diferencial do Flica é que ele é totalmente gratuito. Nosso objetivo não é vender livros e sim promover uma festa literária. Cachoeira é uma cidade pequena, que propicia os autores a saírem da mesa de debates e passearem pela praça junto com a população. Além disso, é uma cidade que faz parte da história do Brasil, como um todo”, explicou.

Representando a OI, primeiro patrocinador oficial do evento, através da lei de incentivo fiscal: Fazcultura, José Ailton Lira, comentou a importância do Flica para o estado. “A Oi está sempre ligada a educação e tecnologias. Dessa forma, apostamos nesse projeto que é de grande importância para a cidadania e para a Bahia”, afirmou.

Já o diretor superintendente da Rede Bahia, Dante Iacovone, ressaltou a valorização das atividades culturais baianas. A Bahia é muito mais musical do que literária, por apresentar retorno financeiro maior. Porém, é preciso entender que o literário é mais forte que o musical”, pontuou.

Segundo Carlos Pereira, prefeito de Cachoeira, a Flica é um evento cobiçado por qualquer cidade do mundo. “É um privilégio receber a Festa Literária. Qualquer cidade queria ter um evento desta magnitude, que possibilita fomentar a cultura e o turismo local. Este ano, garanto que a prefeitura vai abraçar a Flica de uma maneira especial”, prometeu.

Ano passado o evento levou à cidade um público estimado de 20 mil pessoas, durante os cinco dias de evento. Nomes da literatura nacional e internacional ocuparam a mesa. Entre eles estavam o angolano José Eduardo Agualusa, o espanhol Javier Moro, Marcia Tiburi, Xico Sá, Jaime Sodré, Antônio Cícero e Sonia Rodrigues.
(Texto: Daniela Pereira - Tribuna da Bahia)

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