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Alessandro di Meo fotografava a Basílica de São
Pedro no momento em que caiu o raio, de um céu azul
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Bento XVI surpreendeu o mundo nesta segunda-feira ao anunciar que renunciará como líder da Igreja Católica, afirmando que não tem mais a força física e mental necessária para realizar os deveres de seu ofício e tornando-se o primeiro pontífice em 700 anos a tomar tal decisão. Líderes religiosos buscaram assegurar a calma e o clima de confiança, mas a decisão pode levar a um dos períodos mais incertos e instáveis da Igreja Católica, que vem sendo atingida por escândalos nos últimos anos.
Muitos papas no passado – incluindo o antecessor de Bento XVI, João Paulo II – evitaram a renúncia mesmo quando estavam em condições críticas de saúde, exatamente pelo temor com a divisão e a confusão que poderia resultar da existência de um “ex-papa” e de um novo papa ao mesmo tempo. Isso poderá ser um problema especialmente se o próximo papa for um progressista. A igreja tem sido atingida durante a liderança de quase oito anos de Bento 16 por uma crise a respeito de abuso sexual de crianças que abalou a igreja, por um discurso que desagradou muçulmanos e por um escândalo envolvendo o vazamento de documentos privados através de seu mordomo pessoal.
Em um anúncio lido por cardeais em latim, o idioma universal da igreja, o papa alemão de 85 anos disse: "Bem ciente da gravidade deste ato, com total liberdade, declaro que renuncio ao ministério de bispo de Roma, sucessor de São Pedro".
(Correio do Brasil)
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