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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

ONGS - Após denúncias Wagner manda suspender convênios

Depois da denúncia apresentada pelo líder do bloco parlamentar PMDB/DEM, deputado Luciano Simões, sobre repasses irregulares entre o governo do Estado da Bahia e algumas ONG’s, em sua maioria localizada na zona urbana de Salvador, o governador Jaques Wagner mandou suspender de imediato os contratos.

A suspensão dos contratos foi confirmada nesta quarta-feira (26/12) pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo (PDT), ao ser questionado pelo autor da denúncia e pelo deputado Carlos Geilson (PTN), sobre as providências.

“Diferentemente do que afirmou, na semana passada, o líder do governo na Assembleia, deputado Zé Neto (PT), a atitude do governador, no nosso entendimento, é a prova de que existem irregularidades nos contratos com aquelas ONG’s. Iremos continuar fiscalizando e levaremos a nossa denúncia ao Ministério Público Estadual”, afirmou Simões.

A denúncia
No dia 20 de dezembro o deputado Luciano Simões afirmou que, através da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate À Pobreza (Sedes), o governo firmou convênios com diversas associações, com valor superior a R$ 23 milhões, com o objetivo de prestar assistência técnica e extensão urbana a empreendimentos sócio-produtivos individuais e familiares.

Os contratos foram publicados no Diário Oficial do Estado no dia 19 de dezembro e, entre as entidades beneficiadas, estão o Instituto Qualificação e Cidadania (ICI), o Centro de Estudo socioambiental da Bacia do São Francisco (CESAB-SF), e o Movimento de Cultura Popular do Subúrbio (MCPS).

“O governo distribui milhões de reais para entidades de porta de rua administrarem os aspectos econômicos de localidades, sem que essas entidades tenham um sociólogo, um economista ou um engenheiro civil para administrar R$ 23 milhões do Estado da Bahia”, disse Simões.

Segundo o deputado estadual Carlos Brasileiro (PT), que já foi secretário de Combate à Pobreza, o recurso é para ser investido no “Programa Vida Melhor - Oportunidade para quem mais precisa”.

Para Luciano, “se o governo estivesse realmente interessado em dar maior transparência, seriedade e uma capacitação técnica aos jovens, através do Programa Vida Melhor, ele contrataria entidades sérias como o Senai, Sebrae e até mesmo o Senac para especializar e formar os jovens”.
(Tribuna)

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