IPTU 2024

quinta-feira, 31 de maio de 2012

ACORDA, GOVERNADOR! - Pais de alunos da rede estadual são expulsos da governadoria...

A expulsão, segundo os membros da Associação de Pais, que prestavam apoio à greve, ocorreu por volta das 21h

Os pais de alunos da rede estadual que estavam acampados em frente ao prédio da Governadoria foram retirados do Centro Administrativo da Bahia (CAB) pela Polícia Militar. A expulsão, segundo os membros da Associação de Mães e Pais de Alunos (Amap), ocorreu por volta das 21h desta quarta-feira (30). Uma grade foi colocada ao redor do prédio.

Ainda de acordo com os manifestantes, viaturas da Polícia Militar, que cercavam o prédio, retiraram o grupo que estava acampado desde as 9h de ontem. Eles ainda acusam a PM de ter destruído os materiais usados para o acampamento. "Eu só vi isso na ditadura militar", disse revoltado o entomólogo e presidente da Associação de Mães e Pais de Alunos (Amap) do colégio estadual Serravale Antônio Daltro Moura, 62 anos, um dos pais acampados.

Acompanhado da esposa e de dois dos três filhos, Daltro reuniu inicialmente um pequeno grupo de mães e de alunos para redigir uma carta, pedindo ao governador uma reunião. Aos poucos, o grupo foi crescendo e, à tarde, barracas de camping eram montadas no local.

A decisão de acampar em frente à governadoria surgiu após perceber a dificuldade de negociação entre o sindicato dos professores (APLB) e o governo.

"Já entregamos um requerimento de informações. A primeira proposta é que eles abram o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). Queremos analisar e ver quanto tem comprometido – já que o governo alega não ter mais condições de aumentar o salário dos professores”, explica Moura.

 Por volta das 11h30, antes da expulsão, uma representante do gabinete do governador foi ao encontro de Antônio Moura para protocolar o pedido. O entrave para a reunião com Wagner, porém, foi o fato de o governador estar em viagem ao Rio de Janeiro, para um evento da Fifa.

A historiadora Nádia Andrade, 42, esposa de Antônio Moura, diz que havia levado para o acampamento de greve material de iluminação, kits descartáveis para escovar os dentes, organizou quentinhas para as refeições, chás, sucos e água mineral.

7 comentários:

  1. Esses pais já sentaram com a APLB para tentar o fim da greve? Alguma vez já fizeram algum movimento para a melhoria da qualidade de ensino e pela demissão de algum professor incompetente?
    Em ano de eleição acontece de tudo...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Seria bom que voce ao menos tivesse coragem para se identificar,anonimamente todo mundo é corajoso e diz o que quer.
      Talvez voce não saiba que a APLB representa uma categoria profissional,que temos reivindicações, que a APLB não tem poder para decidir sem ouvir a categoria profissional que ela representa.Fim de greve não é declarado so porque alguns bobocas não acreditam em reivindicação.
      Professora Gil

      Excluir
  2. RAILTON, ELES NÃO ESTAVAM PRESTANDO APOIO A GREVE, ELES ESTAVAM PEDINDO O RETORNO DAS AULAS. É BEM DIFERENTE.

    ResponderExcluir
  3. E AINDA ASSIM foram tratados de uma forma estranha, hein! Imagine se estivessem prestando apoio à greve...

    "Eles acusam a PM de ter destruído os materiais usados para o acampamento. "Eu só vi isso na ditadura militar", disse revoltado o entomólogo e presidente da Associação de Mães e Pais de Alunos..."

    ResponderExcluir
  4. ESSES POLICIAIS QUE FAZEM ISSO DEVEM SER AMIGOS DE PRISCO QUE QUEREM BADERNA. TODA GREVE É PACÍFICA NESSE GOVERNO QUE É DEMOCRÁTICO E NÃO SE DESVIOU DISSO EM NENHUM MOMENTO.

    ResponderExcluir
  5. Boa tarde, Anônimo!

    Quanta falta de personalidade e de informação. Uma das piores coisas é a alienação.
    Soraia

    ResponderExcluir
  6. CARTA ABERTA À POPULAÇAO DA BAHIA

    AP – SERRAVALLE
    Associação de Mães e Pais de Alunas e Alunos do
    Colégio Estadual Raphael Serravalle

    CARTA ABERTA À POPULAÇAO DA BAHIA

    A Associação de Mães e Pais de Alunos de Colégios Públicos, por meio de seu presidente, vem REPUDIAR a provocação e o deboche grosseiros, feitos pelo GOVERNADOR DO ESTADO, Sr. Jaques Wagner, através da imprensa, no dia 05/06: “Estou indignado assim como devem estar os pais”. Com esse jogo de palavras chegamos à lamentável conclusão de que não podemos e nem devemos levá-lo a sério, conforme expomos a seguir:

    1) A indignação dos pais e mães de alunos – sem aulas há dois meses – não é com os professores, como sugere o governador. Ao contrário; tal indignação é com o governo Wagner e com seu vassalo, o incompetente secretário da educação, Prof. Osvaldo Barreto;

    2) A associação protocolou, na Governadoria, um REQUERIMENTO solicitando a informação de qual o valor existente em caixa relativo ao FUNDEB, e qual a previsão de utilização de tal recurso para 2012 e 2013, pois as informações que têm nos chegado é a de que os recursos desse FUNDO foram desviados para fins eleitoreiros;

    3) Ao invés de serem prestadas as informações, o governador autorizou, de forma criminosa e arbitrária, a repressão – contra mães, pais e alunos que estavam defronte à Governadoria – chegando a agredir fisicamente até mesmo uma criança, de apenas onze anos (denúncia feita ao DERCA com exames de corpo delito realizados), estudante do Colégio Estadual Raphael Serravalle. Essa violência foi filmada e presenciada, inclusive, por professores do referido Colégio;

    4) A conclusão a que chegou a diretoria da Associação é que o povo da Bahia está sendo comandado por um GOVERNO FASCISTA, AUTORITÁRIO E CORRUPTO que desvia dinheiro da educação com finalidades escusas e, por isso, não obedece a Lei nº 12.527/2011 (Lei de acesso à informação).

    Dois meses (60 dias) sem aulas! Só mesmo em um governo irresponsável, que não tem o mínimo compromisso com a educação. A nossa maior tristeza é que os Ministérios Públicos, tanto o Estadual quanto o Federal, assistem, inertes, à atitude criminosa do Governo do Estado da Bahia, sem esboçarem a mínima reação em defesa das garantias constitucionais dos direitos elementares dos estudantes! Esse silêncio não é de se estranhar em um País onde um presidente do Supremo Tribunal Federal – STF é tratado por colegas de Ministério, em Sessão do Pleno, e por ex-presidente da República, em público, como bandido. E mesmo assim a República continua “festiva”, como se nada estivesse acontecendo.

    Vivemos no Brasil uma democracia às avessas, em que toda proteção é garantida aos mais perigosos contraventores, em detrimento da violência contra a população!

    Salvador, 07 de junho de 2012

    Antonio Daltro Moura - Presidente da AMAP

    ResponderExcluir