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segunda-feira, 14 de maio de 2012

César Borges se cala, BB ‘não comenta’, deputados se revoltam, mas governistas confirmam: posse será nesta semana

A ida do ex-senador César Borges (PR) para a vice-presidência de Governo do Banco do Brasil, no lugar de Ricardo Oliveira, está consumada, com o aval da presidente Dilma Rousseff (PT), embora nenhuma informação oficial tenha sido divulgada.

Pessoas próximas ao ex-senador dizem que, embora o ex-parlamentar ocupe a presidência do partido –, não falará nada com a imprensa até a nomeação. A instituição financeira, entretanto, sem responder ao questionamento sobre a mudança em sua estrutura, não rechaçou: “O Banco do Brasil não vai comentar nada. Cabe ao Planalto”. Contatada, a comunicação da Presidência da República prometeu apurar a veracidade da troca de postos no BB, mas também nada sacramentou. Já em Ondina, auxiliares do primeiro escalão do governador Jaques Wagner asseguraram, sem permitir a identificação, que “tudo está acertado” e a posse, inclusive, aconteceria na próxima quarta (16) ou quinta (17). O acordo teria sido firmado sob quatro eixos:

O primeiro interno ao BB, já que Ricardo Oliveira seria o pivô de uma guerra entre o presidente do banco, Aldemir Bendine, e o chefe do maior fundo de previdência da América Latina, o Previ, Ricardo Flores.

O segundo ponto diz respeito ao retorno do partido à base do governo federal, cuja relação foi estremecida com a demissão do ex-ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, em meio a uma enxurrada de denúncias de irregularidades na pasta.

Também, a candidatura do deputado federal Nelson Pelegrino (PT) a prefeito de Salvador – capital jamais administrada pelos petistas – terminaria beneficiada, uma vez que a aproximação do PR com o DEM de ACM Neto seria dificultada e, pelo menos no segundo turno, o parlamentar Maurício Trindade – também postulante ao pleito – se inclinaria a apoiar o indicado de Wagner.

Por fim, apesar da revolta dos deputados Elmar Nascimento – que, pré-candidato a prefeito de Campo Formoso, não pode deixar a legenda – e Sandro Régis – que pode deixar a sigla –, os republicanos, enfim, passariam para o bloco governista no Legislativo. Para tanto, no Executivo, espaços seriam cedidos.

Na equação para acomodar o novo aliado, sobretudo o PCdoB da prefeiturável Alice Portugal, cujo desgaste com o PT ficou evidente na greve dos professores – a APLB é liderada pelos comunistas –, perderia postos importantes no Estado. Os antigos parceiros hoje ocupam, entre outros cargos, o comando das secretarias do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Nilton Vasconcelos) e da Copa (Ney Campello), além da presidência da Bahiagás (Davidson Magalhães). Vão todos para o olho da rua...
(Com base no Bahia Notícias)

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