sábado, 11 de fevereiro de 2012

PRONUNCIAMENTO realizado pela vereadora Diana Farias na reabertura do ano Legislativo da Câmara Municipal de Valença

Olá, amigos!

Na última terça-feira 7\2, teve início o Ano Legislativo 2012 na Câmara Municipal de Valença. Em Sessão Solene de reabertura dos trabalhos, algumas autoridades municipais se fizeram presentes, entre elas, o prefeito Ramiro José Campelo de Queiroz, que fez um pronunciamento que no meu entendimento não condiz com a realidade vivenciada pelos valencianos. Para ele, nosso município e nossos munícipes passam por situação de desenvolvimento e progresso. Contestando indignada essa afirmação não verdadeira, pronunciei-me da seguinte forma:

“O prefeito falou no amor que tem a Valença. Com certeza, esse amor é compartilhado por cada valenciano que aqui nasceu ou mesmo que não nasceu, mas escolheu esta cidade para viver. Mas o que tenho ouvido nos últimos meses da família valenciana não é nada animador. Essas pessoas relatam, não raro, o desejo de sair da cidade e morar em outro município. Infelizmente já pudemos presenciar, inúmeras vezes, quando não a família mudar-se, os filhos, buscando em outros lugares, o futuro promissor que aqui não encontra. Essa é a Valença que estamos vivendo.

Uma Valença sem SAMU.
Uma Valença sem um planejamento sério para a vinda de um ANEL RODOVIÁRIO.
Uma Valença sem a concretização, após dois anos de assinatura de convênio pelo Governo Estadual, do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor).
Uma Valença sem EMPREGO.
Uma Valença onde o CRACK se instalou e se estabeleceu.
Uma Valença sem SEGURANÇA PÚBLICA.
Uma Valença com um TRÂNSITO CAÓTICO, onde a Municipalização seria um ato de coragem e de AMOR a Valença.

Uma Valença que precisa conviver diariamente com ESCULTURAS num local de acesso turístico como o trevo do Guaibim, que não dignificam a imagem da família valenciana.

Uma Valença que tem mais de 120 guardas municipais e que num momento de PANE na Segurança Pública Estadual pela incompetência do Governador, não estão aptos a garantir a segurança nem mesmo de um centro comercial diminuto como é o Calçadão.

Uma Valença que tem um aeroporto que já funcionou, senão em sua plenitude, mas parcialmente e que hoje está obsoleto.

Uma Valença em que o morador da Zona Rural não se sente em paz para morar com sua família.
Uma Valença que pede SOCORRO pelos seus jovens mortos que enchem o Cemitério da cidade.

Uma Valença que tem um Cemitério que causa indignação todas às vezes em que ocorre um enterro, o que acontece diariamente.

Uma Valença que não se preocupa em manter uma Casa Universitária pelo menos na capital do Estado para acolher o jovem valenciano que é aprovado nas Faculdades públicas e não têm condições de se manter.
Sabemos das dificuldades pelas quais passa uma Prefeitura como a de Valença. Mas sabemos também que a descentralização do poder e a autonomia das Secretarias Municipais em muito colaborariam com a melhoria administrativa.

Não entendo a construção de uma escola na localidade chamada Quilombo, quando continua fechada porque não é autorizada a colocação de ÁGUA ENCANADA e ESGOTO.

Não entendo quando uma Prefeitura fala dos “entraves” impostos por um banco como a Caixa Econômica Federal e que a equipe municipal não consegue resolver, perdendo assim a cidade cerca de R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais) – recurso que muito fará falta.

O que falar então do Esporte e da Cultura do município? Somente como exemplo, embarcou ontem pra Joinville-SC, buscando dias melhores, jovens do Ballet Stylo Corpo que necessitaram recorrer ao município de Cairu para terem condições de viajar.

Uma cidade que não recebe nenhum ou quase nenhum apoio do Governo estadual, mas que nas eleições estaduais de 2010, o candidato hoje reeleito foi abraçado publicamente por Vossa Excelência e recebeu 69% dos votos da cidade. Quando questionado sobre a falta de investimentos ou quase total falta deles, o que ouço dos Petistas ou simpatizantes é que o Governador Wagner não autorizará grandes obras para Valença enquanto Vossa Excelência for o gestor. Por que, então, o senhor convenceu ao nosso povo que apostasse em alguém assim?

Mas eu sou uma otimista por excelência. Esse foi um dos motivos pelo qual pedi aos eleitores valencianos que lhe desse um voto de confiança nas eleições de 2008. Sei que Vossa Excelência é uma pessoa muito inteligente e de visão empresarial. Apesar dos relatos que acabei de fazer em relação a Valença, quero dizer-lhe, parafraseando Chico Xavier, que “EMBORA NÃO SEJA POSSÍVEL VOLTAR ATRÁS E FAZER UM NOVO COMEÇO, É POSSÍVEL MUDAR E FAZER UM NOVO FINAL”.

Continuo acreditando na nossa cidade. Continuo acreditando que é possível melhorar a qualidade de vida de nossos munícipes.

Vossa Excelência tem ainda pela frente pouco mais de dez meses desse governo. A mensagem que eu quero deixar aqui, como Vereadora, é que o senhor ainda tem tempo de fazer um novo final. Desejo de coração que não deixe escapar essa oportunidade. E tenha certeza: NÃO desejo o insucesso de sua gestão. Até porque ela significará o insucesso de nossa cidade.

Desejo-lhe SUCESSO.

Desejo-lhe o mesmo sucesso que quero para o meu povo e a minha terra.

(Vereadora Diana Farias)

2 comentários:

  1. Parabéns Srª Diana, por não ser omissa diante da realidade vivida infelizmente em Valença. Se cada vereador (a) ao invés de ficar de "tró ló ló" começassem a gritar pelo bem do povo e não de seus interesses próprios, com certeza o que ouvimos meio-dia numa rádio am: VALENÇA, TERRA DE PAZ... Deixaria de ser o saudosismo utópico para se tornar algo presente em nossa sociedade atual. São pequenos gestos de boa-vontade que fazem a diferença.Estejamos bem acordados para quando chegar a eleição, estejamos com nossas mentes frescas, para nos perguntar a nós mesmos: Esse (a) vereador (a) fez o que pela comunidade? Quantos anos de mandato ele/ela possui? Votar certo é garantia de prosperidade e sucesso para a nossa gente.

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  2. Parabéns Vereadora Diana. Precisamos de mais Vereadores que façam o mesmo e não só se acomodar com o cargo e ficar do lado do gestor, que acho justo, porém vendo as coisas erradas e ficando calado, não.

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