O prefeito de Valença, Ricardo Moura, acompanhado do secretário de Turismo, Frank Roseira, da secretária de Cultura, Janete Vomeri e da Assessora de Comunicação, Vanessa Andrade participaram nesta terça (14), de uma reunião da instância de governança da Fortaleza do Morro de São Paulo, a qual passa por uma restauração e deve ser reinaugurada no mês de maio deste ano. Dentro das propostas de reativação da Fortaleza está incluída a valorização das manifestações culturais de todo o Território do Baixo Sul, através de um calendário anual de eventos. A ideia é que os municípios abracem a Fortaleza como um espaço do Território, através do qual a cultura e o turismo locais sejam impulsionados internacionalmente.
Foi criada uma instância de governança com a participação da Secretaria de Turismo da Bahia (Setur), Prefeitura Municipal de Cairu, Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul (Ides), Superintendência do Patrimônio da União na Bahia (SPU), Secretaria de Cultura da Bahia (Secult), Iphan, Ipac, Sebrae e representantes da sociedade civil, para coordenar o equipamento. A reunião foi comandada pela diretora executiva do Ides, Liliana Leite. Marcaram presença o secretário estadual de Turismo, José Alves Peixoto Júnior, o empresário Luiz Mendonça, o diretor do IPAC, Roberto Pellegrino e equipe, presidente do Iphan Kátia Bogéa, superintendente do IPHAN na Bahia, Bruno Tavares, Marcelo Brito Iphan nacional, Carolina Pitangui da Fundação Palmares, representante do BNDES Marcelo Goldenstein, representantes do SEBRAE, secretário de Turismo de Cairu, Edson Caparozzo e equipe, secretária de Cultura de Cairu, Graça Peleteiro e diversos empresários, membros de associações e outros representantes da sociedade civil.
“O maior parceiro na área da preservação do patrimônio material é o BNDES. O BNDES é a instituição que mais apoia o Iphan, considerando o parco recurso que temos. Para se ter uma ideia, este ano o orçamento finalístico do Iphan para o Brasil inteiro são 18 milhões. Então, quanto de dinheiro o Iphan vem colocando em monumentos que não tem estudo de viabilidade, que não tem sustentabilidade e que a gente gasta uma fortuna em conhecimento técnico, o qual é pouco neste país, para fazer restauros e recuperações, que cinco anos depois necessitam de mais dinheiro público porque não se sustentam? É difícil vermos exemplo como este, onde se tem Governos Federal, Estadual, Municipal, sociedade civil e diversas instituições, juntas aqui discutindo. O patrimônio tem que ser visto como um ativo, vetor de desenvolvimento social e econômico. Vários países saíram de crises econômicas terríveis através de seus patrimônios culturais, a exemplo de Espanha e Portugal. Na América Latina, a Colômbia tem sido uma referência também. E quando falo patrimônio cultural é no sentido maior da palavra: paisagens, gastronomia, manifestações culturais, edificações, modo de ser do nosso povo. Portanto, o Brasil precisa avançar. E isso só vai ser possível se trabalharmos juntos. O Iphan não tem condições de fazer nada sozinho, assim como o Governo do Estado e as prefeituras. Só dar certo se todos estiverem juntos. O caminho é governança! É difícil, dá trabalho, mas não tem outra saída. Caso contrário, os projetos se iniciam muito bonitos, gasta-se muito dinheiro, mas depois não andam. O que for da nossa parte podem contar conosco”, explicou Kátia Bogéa, presidente do Iphan.
Desde 1997, o Ides, instituição sem fins lucrativos, atua visando à restauração arquitetônica e readequação do equipamento, visando transformar o espaço em um ativo econômico e social do Território. “Com o tempo temos desenvolvido uma política junto aos proponentes, no sentido de irmos além de uma reforma. Queremos que os projetos garantam vida, sustentabilidade aos espaços. A Fortaleza é linda, mas ver essa reunião aqui onde a comunidade tem se apropriado do projeto é fantástico”, afirmou Marcelo Goldenstein do BNDES. “Tudo isso tem uma importância que extrapola o que vem sendo feito até então na região. Esse projeto está servindo como modelo para o Iphan a nível nacional”, ressaltou Bruno Tavares, superintendente do Iphan Bahia. O empresário Luiz Mendonça, filho de Cairu, também falou do seu carinho e disponibilidade para colaborar com toda região e fez uma provocação no sentido de avaliarem que tipo de turismo desejam impulsionar.
O prefeito Ricardo Moura agradeceu o convite para participar do encontro e falou do seu carinho especial pelo Morro de São Paulo: “Frequento este lugar há mais de 40 anos e fico extremamente feliz em ver um projeto como este sendo realizado com tanto cuidado e seriedade. Dar funcionalidade a um patrimônio arquitetônico é essencial para sua preservação e sustentabilidade. Valença e Cairu são municípios irmãos e, a nossa secretaria da Cultura já se colocou à disposição para viabilizar, juntamente com a parceria da Secretaria da Cultura do Estado, apresentações culturais, assim como mobilizar os gestores para ativação da Câmara Técnica da Cultura do Baixo Sul. A ideia é sermos todos parceiros trabalhando em prol da nossa região”, ressaltou.
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