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sábado, 7 de junho de 2014

Solidariedade desiste de Rui Costa e anuncia apoio à chapa de Paulo Souto...

No dia em que o apoio do Solidariedade foi selado ao ex-governador Paulo Souto (DEM), o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM) esteve na articulação junto ao presidente nacional da agremiação, deputado Paulinho da Força (SDD). O fato foi confirmado pelo deputado federal Arthur Maia (SDD), secretário do partido na Bahia.

Segundo o parlamentar, o chefe do Executivo soteropolitano teve “papel fundamental”, por conta da sua aproximação e afinidade com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o que fez o partido seguir Souto na majoritária, pondo fim a uma longa novela.

O presidente estadual da agremiação, deputado Marcos Medrado (SDD) e o seu colega de bancada, Arthur Maia, protagonizaram uma queda de braço que movimentou o cenário político local. Ambos se dividiram entre continuar com a chapa encabeçada por Rui Costa (PT) ou debandar a pré-candidatura de oposição, capitaneada por Souto, o beneficiado após decisão com uma votação folgada da Executiva do SDD. Ou seja: o agravo de apoio a Costa realizado pelo Solidariedade em janeiro deste ano de nada serviu. 

Quem comemorou bastante a decisão foi Maia. Em entrevista à Tribuna, ele classificou o processo como satisfatório. “O partido cumpriu uma posição coerente com a nacional, onde marcharemos com Aécio Neves com um projeto de renovação”, disse.

Marcos Medrado, no entanto, minimizou o caso e alegou que não houve vitoriosos. “Ninguém saiu vencedor com esta posição. Ninguém teve mais influência que ninguém, pois a decisão partiu da nacional”.

Marcos Medrado reafirma adesão a petista
Apesar do marche junto a Souto do SDD, Medrado continuará com apoio a Rui Costa e assim amenizar a situação. Com a atitude poderá garantir também a permanência do seu filho, Diogo Medrado, na diretoria da Bahiatursa. O ato, conforme circula nos bastidores, é visto como uma gratificação dos petistas pela fidelidade, além da garantia de um cabo eleitoral de peso na campanha pelo subúrbio, parcela importante no colégio eleitoral soteropolitano.

A situação, agora, é só definir como será a participação de Medrado junto à campanha, visto que ele não poderá subir no palanque petista, atitude não permitida pela lei eleitoral. Sobre o assunto, Medrado disse que estudará a posição. “Na minha vida política isso é um fato inédito. Vou analisar como participarei ativamente para ajudar na futura campanha de Rui”, disse.

No entanto, o parlamentar confirmou que controlará as decisões da proporcional e poderá não seguir a junção majoritária e realizar uma debandada.

“Paulinho me deixou na coordenação da proporcional. Não vamos seguir com partidos de Paulo Souto. Eu e Luiz Argolo, por exemplo, vamos marchar com Rui e Maia com o pré-candidato do democratas. É quase certeza que sairemos desgarrados”, garante.

A atitude não é concordada por Maia. O secretário do partido na Bahia ensejou sua predileção pelo chapão da ala oposicionista e analisa que não há possibilidade de acertos entre o SDD e as siglas governistas, pois o assunto poderá contrariar a legislação eleitoral.

Questionado como ficaria sua relação com Medrado, Maia informou que a questão fica restrita ao partido. “Continua a mesma. Só espero que ele tenha noção de que cargo político não é tudo. Não se pode ser a síntese. Espero sua compreensão, ainda mais, não seria prudente da legenda não cumprir um elo nacional”, provocou.
(Tribuna da Bahia)

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