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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Governo diz que apagão foi provocado por queimada em fazenda no Piauí...

Segundo ministro, incêndio em fazenda do município de Canto do Murici afetou duas linhas de transmissão...

Trânsito complicado em Salvador após semáforos se apagarem durante
apagão, que atingiu todos os Estados do Nordeste nesta quarta-feira.
Foto: Romildo de Jesus/Futura Press
O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta quarta-feira (28) que o apagão que atingiu todos os Estados do Nordeste foi provocado por uma queimada numa fazenda de Canto do Murici (PI).

Nesse incidente, duas linhas de transmissão foram afetadas - uma da espanhola Isolux e outra da Taesa, controlada pela Cemig.

De acordo com Lobão, o sistema foi restabelecido em seguida. Mas, caiu, novamente, minutos depois, afetando uma linha que interliga o resto do País ao Nordeste.

O blecaute atingiu cidades dos nove Estados do Nordeste. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o problema ocorreu às 15h03. Cidades do Piauí, Paraíba, Alagoas, Ceará, Sergipe, Bahia, Pernambuco, Maranhão e Rio Grande do Norte foram atingidas pelo apagão.

Segundo Lobão, queimadas já afetaram o fornecimento de energia no Brasil anteriormente, assim como em outros países. Apesar da dificuldade, o Lobão garantiu que o sistema elétrico brasileiro "é forte". "Não existe fragilidade no sistema brasileiro. Isso acontece no Brasil, nos Estados Unidos e em outros lugares", disse, afirmando que a queda no fornecimento atingiu 10,9 mil megawatts (MW).

Alagoas
O apagão em Alagoas provocou congestionamentos nas ruas de Maceió e prejuízos no comércio e na indústria na capital e no interior. No Distrito Industrial Governador Luiz Cavalcante, que reúne o maior número de indústrias da capital alagoana, com 125 companhias, os prejuízos somam R$ 300 mil por hora somente com perdas na produção, conforme o presidente da Associação das Empresas do Distrito Industrial (Abedia), Gilvan Leite. "Se forem contabilizados os prejuízos com matéria-prima perdida, máquinas avariadas, esse custo é imensurável", ressaltou. Até as 18 horas - três horas depois da pane -, a energia ainda não havia sido restabelecida no polo industrial, o que elevou o prejuízo para quase R$ 1 milhão.

Na avenida Fernandes Lima - a maior via de Maceió -, os semáforos desligados provocaram engarrafamento e transtornos. Em alguns pontos, agentes da Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) tentavam controlar a situação. Ônibus atrasaram e muitos passageiros permaneceram horas nas paradas, à espera de transporte.

Com exceção da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) - que se encontra de recesso -, instituições de ensino da capital e do interior cancelaram as aulas da tarde e muitos alunos foram para casa mais cedo. Em Arapiraca, o segundo maior município do Estado, o comércio fechou as portas mais cedo. Às 18 horas desta quarta-feira, a cidade - que ainda sofria com a falta de energia - parecia vazia.

Fortaleza
Em Fortaleza, manifestantes acampados no Parque do Cocó controlaram o trânsito no cruzamento mais congestionado da cidade (avenidas Santana Júnior e Antônio Sales) durante o apagão. Na ausência de guardas de trânsito, foram eles que fizeram as vezes de agentes. Em outros cruzamentos da Aldeota, bairro nobre da capital cearenses, frentistas, seguranças, motoristas e até uma pedestre controlaram o tráfego com os sinais apagados.
(iG)

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