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OPECADO de Valença em Luanda d'Angola... |
Na “órfã”, vivenciada por Suelma Costa, a montagem conta a história de órfãs portuguesas, que na época da colonização eram criadas em conventos para serem enviadas às colônias a fim de se casarem com portugueses.
Segundo Suelma, que já dirigiu também "Amêsa" e "Do outro lado do mar", textos escritos por Mena, "A Órfã do Rei” nasceu do nosso desejo de experienciar um fazer teatral implicado e atento ao universo conflituoso e belo, que compõe cada ser humano. Ela representa o feminino primitivo (primeiro) negado e escondido em cada um de nós. O feminino que deseja aflorar-se e tornar-se. E trata também do conflito cultural existente no ocidente com a cultura africana. Ela é uma mulher branca que se vê dividida entre a sua formação cristã (colonizadora) e o desejo de liberdade e beleza de ser com o seu corpo inteiro, que ela projeta na mulher e homem africano (colonizado). Esse conflito de valores é alimentado nas jornadas da orfã por questões individuais e, no fim, o desenrolar de sua história apresenta-se como um rito de passagem da infância para a idade adulta” – explica a atriz.
A montagem, cuja trilha sonora é de Isaías Menezes e Raoni de Sousa, é uma produção dOPECADO (Oficina Permanente de Criações Artísticas Deus Omni), grupo valenciano residente na MaCRo, formado por Juliano Britto, Adriano Pereira, David Willyan, Cadu Oliveira, Matheus Santana, além da própria Suelma Costa.
(Pequeno Príncipe)
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