Estreia nesta sexta-feira, 04, em Salvador, e em mais sete cidades brasileiras, o filme “Jardim das Folhas Sagradas”, primeiro longa-metragem da carreira do baiano Pola Ribeiro. A produção conta a história do bancário Bonfim (Antônio Godi), um homem negro, bem-sucedido e casado com uma mulher branca e evangélica, mas que mantém uma relação homossexual.
Um acontecimento trágico provoca transformações no protagonista e, então, ele decide cumprir uma missão que lhe foi dada e funda o terreiro de Ilê Axé Opô Ewê (Casa das Folhas Sagradas).
O filme aborda questões como meio ambiente, preconceito racial, ecologia, conflitos do cotidiano nas cidades e a especulação imobiliária, além de tratar de temas como bissexualidade, intolerância religiosa e preconceitos étnicos.
O candomblé ganha destaque especial. Em “Jardim das Folhas Sagradas”, filme para o qual foi realizado um extenso trabalho de pesquisa sobre a religião afro-brasileira, são mostrados detalhes da crença e a espiritualidade dos personagens em suas rotinas.
O elenco conta com, além de Antônio Godi, João Miguel (Estômago (2007) e Melhor Ator no Festival do Rio 2005 por Cinema, Aspirinas e Urubus (2005)), Érico Brás (atualmente no quadro fixo do programa Tapas&Beijos, da TV Globo), Harildo Deda, Evelin Buccheger, Sérgio Guedes e atores do Bando de Teatro Olodum. As cantoras Mariene de Castro e Virgínia Rodrigues fazem participações especiais.
O FILME
Um filme sobre a espiritualidade, ecologia e conflitos do cotidiano urbano. Jardim das Folhas Sagradas oferece o debate sobre bissexualidade, intolerância religiosa e preconceitos étnicos, ao mesmo tempo em que expõe nuances do Candomblé e discute a degradação das áreas verdes nas cidades vitimadas pela especulação imobiliária.
É o resultado de um amplo projeto de pesquisa. Parte de um conceito analítico, até crítico, sobre o Candomblé, e revela detalhes de uma crença pouco conhecida além dos círculos da sua existência.
É nítida a espiritualidade dos personagens enquanto vivem dramas cotidianos. Aborda assuntos expostos desde em O Amuleto de Ogum e Tenda dos Milagres (ambos de Nelson Pereira dos Santos) ao filme Barravento, de Glauber Rocha.
Segundo o diretor do filme, Pola Ribeiro, uma das metas do filme é trabalhar acerca do mistério que envolve a cidade de Salvador e o Recôncavo baiano, falar da cultura da sua gente negra que, infelizmente, sempre foi vista e tratada com superficialidade.
“Cada gesto, cada som, cada traje, comida, conceito e religião. A convivência.
“Cada gesto, cada som, cada traje, comida, conceito e religião. A convivência.
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