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quarta-feira, 19 de junho de 2013

Redes sociais e empresários apoiam movimento das ruas em Salvador

Há tempos não se via no Brasil uma mobilização tão forte e engajada da população em luta por algum ideal. 

Nas aulas de história do futuro, com certeza esse momento que estamos vivendo hoje será marcado como uma época de revolução.

A frase do Hino Nacional brasileiro “Verás que um filho teu não foge à luta”, tantas vezes repetida sem sentido real, agora ganha mais significado do que nunca. “Os brasileiros cansaram de tanta enganação e dessa vez o povo está determinado a não desistir”, comentou o estudante Jairo Araújo, engajado no movimento do Facebook chamado “Vem Pra Janela!”.

O evento oficial do Facebook já contava, nessa terça-feira (18/6), no final da manhã, com 163.835 pessoas confirmando a participação. O movimento conclama as pessoas, que não podem por alguma razão sair de casa, colocar um lenço ou um pano branco nas janelas em apoio às manifestações que estão eclodindo por todo o país. O lema é: “Seja mais uma delas. Vamos vestir o país – e por que não o mundo? – de branco para demonstrar o apoio geral das pessoas que querem um Brasil melhor e mais justo”.

"Enquanto o governo gastou milhões para a construção de estádios de primeiro mundo, a população sofre com serviços ruins na área dos transportes, saúde, educação e infraestrutura urbana", disparou Jairo.

Setor empresarial
Para o vice-presidente da FIEB e presidente do Fórum Empresarial da Bahia, Victor Ventim, a população começa a demonstrar a sua indignação. -Tirando a parte do vandalismo, que é um fator preocupante, todos os assuntos são pertinentes. Essas são manifestações de conotação puramente brasileira e o Brasil precisa melhorar muito. As autoridades precisam “ler” bem as manifestações. Não vamos “nublar” afirmando que todos são vândalos-, opinou Ventim.

Segundo ele, a carga tributária do país é enorme, maior do que a do Canadá, Japão, Austrália e outros países. E cada vez se devolve menos à sociedade. “A população percebe isso. Com essa carga fiscal que temos, por que não temos serviços melhores?” Perguntou.

Para o presidente do Sindicato dos lojistas do Estado da Bahia, Paulo Motta, as manifestações traduzem o sentimento da sociedade brasileira, que está indignada, com o que chamou de “descalabro” nos campos dos governos federal, estadual e municipal.

“Não temos segurança pública, educação, assistência médica (os planos de saúde caríssimos) a infraestrutura tanto urbana quanto rodoviária estão acabadas. Como podemos nos tornar país de primeiro mundo?, questionou.

O brasileiro está sentindo que se não gritar a coisa vai piorar. O Custo Brasil está alto, impostos proibitivos e a inflação ronda o país. Os juros estão subindo e a moeda está perdendo a estabilidade. “Nós esperamos que o grito do povo desperte as autoridades no sentido de usar bem o dinheiro público”, acrescentou. 
(Tribuna da Bahia)

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