sábado, 1 de junho de 2013

MEC pede desculpas por questionário que comparou "empregadas domésticas" a objetos

O Ministério da Educação (MEC) divulgou uma nota se desculpando por um item classificado como "indadequado" do questionário que os candidatos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tiveram que responder.

Uma das questões, preenchida por 7,8 milhões de pessoas, foi tratada como preconceituosa com as empregadas domésticas.

O tópico número 7 perguntava o que o estudante tinha em sua residência, e as opções eram "TV", "geladeira", "máquina de lavar" e "empregada mensalista". O questionário foi motivo de revolta entre representantes de empregadas domésticas, por considerarem que o governo estava equiparando as empregadas a objetos da casa, em ato de discriminação.

“É um ato discriminatório porque nos reduziu a objetos. Não foi perguntado se na casa do aluno havia pais, filhos ou parentes. Só objetos e as empregadas domésticas. E o mais grave é que quem elaborou esse questionário são pessoas ligadas à educação, formadores de opinião. Será que eles ensinam para as crianças que empregadas são utensílios domésticos?”, criticou a presidente da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), Creuza Maria de Oliveira.

"O ministro Aloizio Mercadante considera agora que a forma da pergunta que se refere a trabalhadores domésticos é inadequada e vai encaminhar a necessidade de sua adequação, preservando os critérios técnicos, mas garantindo integralmente o respeito àqueles trabalhadores", diz comunicado do MEC. De acordo com a nota, as questões foram baseadas no Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB), de responsabilidade da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP), que visa medir a situação econômica dos participantes.

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