Uma das questões, preenchida por 7,8 milhões de pessoas, foi tratada como preconceituosa com as empregadas domésticas.
O tópico número 7 perguntava o que o estudante tinha em sua residência, e as opções eram "TV", "geladeira", "máquina de lavar" e "empregada mensalista". O questionário foi motivo de revolta entre representantes de empregadas domésticas, por considerarem que o governo estava equiparando as empregadas a objetos da casa, em ato de discriminação.
“É um ato discriminatório porque nos reduziu a objetos. Não foi perguntado se na casa do aluno havia pais, filhos ou parentes. Só objetos e as empregadas domésticas. E o mais grave é que quem elaborou esse questionário são pessoas ligadas à educação, formadores de opinião. Será que eles ensinam para as crianças que empregadas são utensílios domésticos?”, criticou a presidente da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), Creuza Maria de Oliveira.
"O ministro Aloizio Mercadante considera agora que a forma da pergunta que se refere a trabalhadores domésticos é inadequada e vai encaminhar a necessidade de sua adequação, preservando os critérios técnicos, mas garantindo integralmente o respeito àqueles trabalhadores", diz comunicado do MEC. De acordo com a nota, as questões foram baseadas no Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB), de responsabilidade da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP), que visa medir a situação econômica dos participantes.
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