quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Dilma libera 4 bilhões para enfrentar o crack

Em 19 meses, o governo federal lançou o segundo plano para combater a epidemia do crack. A diferença fundamental entre o primeiro, de resultados pífios, e o lançado ontem pela presidente Dilma Rousseff é o impacto financeiro. O Planalto promete investir R$ 4 bilhões até 2014, 10 vezes mais que a tentativa anterior.

Lançado em 20 de maio de 2010 com previsão de gastos de R$ 410 milhões, o "PAC do Crack" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apresentou resultados tímidos. Dilma amplia iniciativas e recursos. No entanto, segue as mesmas diretrizes.

– Acredito que estes três verbos: "prevenir, cuidar e reprimir" refletem a conjugação correta que pretendemos fazer por meio desse programa – avaliou a presidente.

O cuidado aos dependentes químicos, que concentrará parte significativa dos esforços, promete gerar debates polêmicos. Além de prever a expansão da rede de atendimento médico aos usuários, o programa federal cogita promover internações à revelia quando houver risco de morte.

– Somos favoráveis à internação involuntária como medida de proteção à vida. No entanto, só deve ocorrer com a avaliação de profissionais da saúde – afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Autor de um projeto de lei que prevê a internação compulsória, o deputado federal Osmar Terra (PMDB) criticou o número de leitos – 2.462, para demanda de 2 milhões de dependentes.

– No Rio Grande do Sul, tínhamos 1,8 mil leitos e já era insuficiente. Imagina em todo o país – avalia Terra.

Nos centros urbanos, o plano de Dilma se propõe a encarar uma das principais chagas sociais da atualidade: as cracklândias. Segundo Cardozo, o governo dispõe de um mapa completo dos cenários de uso do crack pelo país. Os dados irão subsidiar ações policiais para prisão de traficantes. Simultaneamente, assistentes sociais treinados pelo Ministério da Saúde irão encaminhar os usuários para tratamento médico. Câmeras de monitoramentos também serão instaladas no entorno dos pontos de consumo de drogas para monitorar as atividades de dependentes, traficantes e, inclusive, policiais.

2 comentários:

  1. Continuaremos combatendo as consequencias, sem erradicar as causas. O roda nunca para de rodar desta forma. Mudam só os agentes. Sem falar da evasão de recursos que se tem neste tipo de ação, onde o governo não tem efetivo controle das destinações de verba.

    ResponderExcluir
  2. Não quero me identificar por motivo de segurança, porém quero informar que estou há 8 anos numa favela em São Gonçoalo/RJ consierada muito perigosa onde o tráfico e uso de drogo corre a céu aberto. Temos feito bom trabalho, mas confesso que antes de liberar esse dinheiro para rede púbica estadual e minicipal tinha que antes que apresentar os projetos sociais ou as políticas públicas estadual e municipal a fim de que essa verba não fosse desviada para outros fins. Fui Conselheiro Municipal Antidroga - COMAD de São Gonçalo, quando me juntei aos conselheiros confesso que foi uma vergonha, pois descobrir muitas irregularidades. Se não bastasse isso, a sociedade civil não comparecia as reuniões mensais devido a falta de credibilidade do OMAD/SG. Acredito que saúde pública não pronta para esse tipo de serviço, haha vista que para tratar o usuário de crack não basta apenas psicológo, assistentes sociais e a medicina uma vez que a doença do usário de crack é na alma e para alcançar o tratamento da alma presa nas drogas, concordo que deve haver essa equipe citada cima, porém mais necessário é ainda mostrar que somente Deus e sua palavra escrita na Bíblica Sagrada tem poder para libertar e curar o usuário de crack é isso que penso. A senhora presidenta vai botar essa verba fora e não conseguir seu objetivo porque essa luta contra o crack não é de3 hoje desde quando o crack surgiu nos anos de 1985.

    ResponderExcluir