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terça-feira, 7 de julho de 2015

PALAVRAS DE IRENE DÓRES - O Futebol e seus Paradoxos...

No futebol o jogo só acaba quando o juiz apita aos 45 do segundo tempo. Mas há dias em que minha alegria é me plantar na frente da tv apenas para ver alguns times se darem mal.

Observando o campeonato brasileiro, fico a interrogar para aonde vai o dinheiro arrecadado nos estádios e os cachês pagos pelos patrocinadores, assim como questiono onde são aplicados os rendimentos dos clubes, através de venda de camisas e souvenirs que representam os times. Porque se arrecada muito, não deveria ter deficiência financeira, evasão e falta de jogadores de qualidade, tampouco a dança constante de treinadores, que mais parecem correr para abraçar quem paga mais do que se interessar a criar um programa de incentivo a vitórias e acúmulos de premiações, como era no século XX. Ou os presidentes de clubes querem resultados rápidos sem um investimento mais profundo.

Neste final de semana dei uma paradinha para assistir alguns jogos, a começar pela disputa do título de campeão da Copa América, onde se encontravam o nunca antes campeão Chile e a Argentina, maior campeã de todos os tempos, com 14 títulos e que vinha como favorita do torneio. O encontro dos dois times promoveu um jogo maravilhoso: Bravo, Sanchez e Valdivia contra Aguero, Di Maria e Messi e quem levou a melhor foi o Bravo. No tempo regulamentar a Argentina lutou bravamente contra o “donzelo” das copas e nada conseguiu, já nos últimos momentos Aguero quase acerta o gol, mas ficou no quase mesmo.

Partindo para a segunda chance, (prorrogação) percebia-se um Messi abatido e inacreditavelmente assustado com o que via naqueles “virgens de copa América”. E eu ali torcendo para a Argentina perder, é claro! Chegou os pênaltis e a Argentina para minha alegria já foi logo perdendo, depois do Messi converter a bola dele, aí pensei: isso Argentina, mostra aí que não é só o Brasil que sabe perder pênalti, vamos lá perde mais, e deu certo, o Bravo estava mesmo BRAVO! Chile Campeão e a Argentina pela segunda vez em duas competições sai vice! O seu nome temporário poderia ser “vicentina”. O pior mesmo foi o Messi, dispensou mais uma vez a medalha de prata e, há quem diga que ele também recusou o troféu de melhor jogador da competição, fornecido pela Conmebol, tendo este ficado sem dono e guardado para uma próxima competição. Para quem não sabe o Messi odeia medalha de prata, dispensa todas. E ele está coberto de razão, porque quem fica em segundo lugar, perdeu o primeiro! Avante, Chile! Já aprendeu o caminho, agora é só multiplicar, só não pode ser em cima do Brasil... kkkkkkkkk!

E o campeonato brasileiro? É muito baba pro meu gosto flamenguista, a começar pelo meu time, que saiu logo tomando 2 x 1 do Figueirense, lá vai meu Mengo, outra vez, querendo visitar a série B, mas ele não chega lá não! Quando estiver quase caindo dá um impulso e sobe, só sinto saudades do tempo em que ele vencia os campeonatos, coisa que o Sport está querendo fazer este ano, mesmo assim neste fim de semana já queria dar uma escorregadinha e já conseguiu ficar em 3º lugar.

O Atlético Mineiro, como sempre, está virado nos seiscentos: ganhou do Inter com folga, enquanto isso o Santos pena em sua própria casa tomando 3 x 1 do Grêmio e olhando para a série B com simpatia. Já aqui na Bahia, os dois times do coração do povo, e que nasceram para viver na série B, se enfrentaram mais uma vez. O Vitoria deu 4 x 1 no Bahia e a torcida tricolor está calada como num minuto de silêncio; os rubros-negros, que já se encontram com um pezinho no G4, estão se comportando normalmente. Bem que a torcida tricolor podia aprender que é só um time baiano e que nunca chegará a lugar algum, os dois. Precisam mesmo é se conformarem ao invés de ficarem zoando o amigo, enquanto seus times permanecem sem forças para enfrentar qualquer time do Sul e Sudeste do País.

E os rendimentos dos clubes, como é que ficam? Isso só uma devassa na CBF poderia revelar. Porque se os dirigentes aplicassem melhor todo dinheiro arrecadado pelos clubes, o futebol brasileiro ainda seria o melhor do mundo. Os times grandes de todo país teriam oportunidades iguais, forças iguais e, quem sabe, um acúmulo de títulos maiores.

Deste último final de semana só tenho uma coisa a dizer: Chupa, Argentina! Melhora, Brasil! Vamos tratar o futebol com mais seriedade, colocar os nossos times num lugar melhor, levar os torcedores para os estádios para verem espetáculos, porque babas a gente vê em qualquer bairro de toda cidade.

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