Nervoso, Escudero é contido pelo técnico Caio Júnior |
A notícia foi recebida com surpresa por todos, incluindo comissão técnica e diretoria. O argentino estava há quase um mês se recuperando de contusão e tinha seu retorno garantido para domingo 1º, contra o Criciúma, no Barradão.
Segundo o exame feito no jogo entre Vitória e São Paulo, no dia 14 de julho, o meia teria tomado um medicamento contra sinusite que continha corticoide, substância proibida. A pena de 30 dias é preventiva, mas Escudero pode pegar um gancho ainda maior que chega a dois anos de suspensão.
Engano
Em julho, Escudero se queixou de sinusite aos médicos do clube, que encaminhou o argentino a um especialista no assunto. O atleta apresentou a receita para os médicos do Vitória, que a liberaram prontamente para ser usada.
Segundo o departamento médico, o remédio receitado não constava na lista de proibições enviadas ao clube. O jogador acabou liberado para jogar contra o São Paulo.
Algo parecido aconteceu com o Fluminense, na Libertadores deste ano. Thiago Neves também tinha ingerido a mesma substância e avisado aos médicos. A diferença é que, ao contrário do Vitória, o Flu proibiu o atleta de atuar.
"Pensávamos que poderia utilizar esse medicamento. Temos a lista oferecida no encontro dos médicos de futebol sobre as substâncias proibidas, mas o doping apresenta um outro tipo de lista. Por isso houve um engano. Escudero tinha febre, mal estar e, com o medicamento, em 48 horas ele ficou bem", diz o médico do Vitória, Ivan Carillo.
Segundo o diretor de futebol, Raimundo Queiroz, o Vitória já solicitou uma contraprova. "Fizemos uma defesa prévia com o departamento jurídico e já foi protocolada. Temos a certeza de que ele será inocentado", alegou o diretor.
Já Escudero, abatido, pediu: "Só quero que dê tudo certo."
(A Tarde)
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